Por Renato Soares Pinheiro
O ar-condicionado contrastava com os ventiladores ligados na Ilha Digital, na Universidade Federal de Uberlândia, quando encontrei Anna Vitória Rocha. O cabelo ruivo, cortado curto, ressalta o verde dos olhos, e a estatura alta oferecelhe aparência de mulher decidida, que sabe o que quer. O frio que sinto parece não incomodá-la. Sentada com as pernas cruzadas, os computadores à nossa frente iluminando nos os rostos, Anna Vitória diz-me que sempre teve vontade de trabalhar como jornalista.
Atualmente, Anna é graduanda do segundo ano do curso de Comunicação Social pela Universidade Federal de Uberlândia, considerado o melhor do país, segundo o ENADE. Desde muito nova, adorava estudar, e, atualmente, não deixa a desejar nessa questão. Aluna com ótimas notas, Anna acredita que a universidade representa parte fundamental da formação do profissional. "A prática, com certeza, é importante, mas o fundamento teórico é o que faz com que o trabalho seja realizado de forma certa. Sem as teorias, o que é produzido pode não se encaixar no que é esperado daquele trabalho".
Além das aulas normais, Anna Vitória é orientanda em iniciação científica. Seu trabalho é voltado à comunicação pública da ciência, que consiste no estudo da problemática da divulgação, nos meios de comunicação, das pesquisas acadêmicas. Anna parece indignada ao dizer que a grande mídia não revela quase nada que compõe a área acadêmica, que, para ela, é de extrema importância e deveria ser de interesse geral. "A área da comunicação pública da ciência é desconhecida para a maioria das pessoas, isto fez com que eu me interessasse por este tema tão significativo, principalmente para quem trabalha com as pesquisas. Meu trabalho encontra-se em um primeiro estágio, mas logo terei a oportunidade de entrar em contato com os principais meio de comunicação de Uberlândia".
Vivendo em Uberlândia desde seu nascimento, Anna acredita que o mercado jornalístico da cidade não se encontra em boa situação."Aqui só existe um jornal impresso, que possui grande influência em diversas áreas da cidade. Claro que existem outras opções, mas a limitação imposta por essa situação é preocupante". Por gostar de escrever, Anna vê em seu futuro um empecilho causado pela pouca diversidade de meios de comunicação que a cidade apresenta.
Quando pergunto qual seu sonho no meio jornalístico, um sorriso e uma expressão de dúvida preenchem seu rosto. Depois de alguns segundos, diz que tem grande interesse na história do povo judeu, asneando elaborar um livro reportagem. Para ela, poucas produções mineiras procuram entender esse momento histórico e elaborar, com detalhamento, trabalhos jornalísticos com a finalidade de expor a trajetória, por exemplo, dos judeus na segunda guerra mundial.
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